“
Pouca Vergonha
Na verdade, se A, B ou C se apresentam com deficiências físicas ou outras a afectar a sua acção em concreto, é evidente que de todo em todo se impõe a coragem de accionar e de fazer vingar os procedimentos e instrumentos indispensáveis ao seu saneamento da função, e não os «presentear» e «acobertar» com serviço e tarefas que «suportem» tais deficiências ou falências funcionais, com natural agravamento para os demais, e em detrimento de quem, trabalhando e cumprindo, serve a função.
Aliás, para toda uma maior e melhor rentabilidade dos serviços públicos, e seu prestígio, importará sempre defender e fazer vingar toda uma igualdade e paridade de tratamento entre os serventuários dos mesmos serviços, que, sublinha-se, nunca podem funcionar como «asilo» ou «lar de acolhimento» de quem, mesmo devido a falhas na sua admissão, possa perfilar-se como a negação da própria função.
Assim o exigem, diga-se, toda uma justiça retributiva e todo um sentimento de verdade igualitária.
IN Correio do Minho,08.01.2009
Rafael Rodrigues,2009