AEIPCA contra integração do IPCA na UM

O presidente da associação de estudantes do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (AEIPCA) em Barcelos, Pedro Gomes, mostra-se totalmente contra a possível integração do IPCA na Universidade do Minho. Uma possibilidade que tem sido ventilada há alguns anos, mas que agora tem um apoio mais forte já que foi feita uma recomendação nesse sentido pela associação das Universidades Europeias. O ministro da Ciência e Ensino Superior, Mariano Gago, deverá anunciar a sua decisão nas próximas semanas.A hipótese não agrada de todo à academia. Pedro Gomes reafirma total oposição, à semelhança das anteriores direcções da AEIPCA e não descarta a hipótese de realizar manifestações. Antes disso vai enviar um memorando de repúdio ao presidente da Câmara Municipal, ao Governador Civil e ao Ministro. "Se não chegar poderemos pensar em formas de luta mais duras porque vamos lutar sempre pela continuação do IPCA enquanto instituição autónoma e independente. Vemos muitos mais prejuízos do que vantagens, desde logo o factor social tendo em conta que o valor da propina no IPCA é de 600 euros enquanto na Universidade do Minho ronda os 900 euros. Isto já parece um circo porque no início de cada ano lectivo o reitor da UM vem sempre lançar estas interrogações e na prática nada se verifica".O presidente da AEIPCA sublinha que os alunos não estão dispostos a perder a vertente profissionalizante dos cursos que estão a frequentar e aponta o sucesso do Instituto "cerca de 75 % dos nossos alunos estão colocados no mercado de trabalho na área em que se formaram ".

in Jornal de Noticias

Para quando a politização do design no sector industrial?

Cada vez que leio um jornal económico nacional, questiono-me sempre acerca da situação do design industrial em Portugal. É mais do que evidente que temos um fraco empreendedorismo, uma fraca produtividade e uma fraca competitividade face a outros países que competem directamente connosco. As análises económicas que vou retirando das leituras, obrigam-me a procurar entender quais as causas que nos levam a ter tais resultados, e por razões que me são próximas, a questionar-me porque o design industrial nacional, está tão mal quanto a situação económica do sector industrial nacional!Mas afinal quantos designers industriais existem em Portugal? O que fazem eles? Como o fazem? Sentem-se eles realizados ou defraudados profissionalmente? Têm eles contribuído de forma dinâmica juntamente das empresas? Qual o seu grau de importância na hierarquia produtiva da empresa? A percepção que retenho, é que a grande maioria das empresas nacionais (PME), de um modo geral, ainda não sabe o que o é design industrial/produto/equipamento, no seu verdadeiro sentido! Ou melhor, algumas até dizem sabê-lo! No entanto, alegam que não vêem vantagens em recorrer ao mesmo, pois aplicar design, acaba por ser dispendioso e as margens de lucro derivativas do mesmo, não justificam o investimento que fazem. Puro disparate!...Aplicar design industrial numa empresa, requerer reestruturações funcionais e metodológicas de trabalho, na qual a maioria das empresas nacionais, não têm revelado abertura de espírito, estrutura ou capacidade organizativa para o fazer, ou mais grave ainda, objectividade para o fazer! A meu ver, o que existe hoje, é uma aplicação precária do design industrial no sector industrial português. Senão vejamos, uma grande percentagem de designers industriais, têm sobrevivido através de prestações de serviços como freelancer. Vão-lhes sendo requisitados projectos, que resultam num trabalho muito subjectivo, dado ao facto da maioria das soluções apresentadas, ficarem aquém de uma boa prática da disciplina, sobretudo daqueles que uma empresa visionária e objectiva deveria exigir. Com isto quero dizer, que o designer, de um modo geral, apresenta soluções que dificilmente consideram e incluem devidamente a estrutura produtiva da empresa.Ora, um produto para ser competitivo, deve desde a fase projectual, incluir todos os meios produtivos existentes na empresa (sobretudo o capital humano e os meios tecnológicos disponíveis), sendo extremamente importante também, prever e incluir (quando aplicável) os das empresas que cooperam com ela através da subcontratação de fases do processo produtivo. O objectivo deveria ser o de produzir um produto de valor acrescentado, com uma qualidade máxima, a custos rigorosamente controlados, minimizando e gerindo melhor, as várias fases do processo de fabrico, para que o produto pudesse ser fabricado de forma prática, rápida e eficaz. O factor mais importante para o surgimento de um produto, é precisamente o processo e o fluxo produtivo do mesmo. Estes deveriam ser os mais ajustados quanto possível, de modo a evitar processos e percursos desnecessários, que contribuem para o aumento dos tempos de fabrico, das probabilidades de acidentes, o que a maioria das vezes traz como consequência, o surgimento de produtos defeituosos com sérios custos produtivos incluídos. O designer freelancer, dificilmente consegue aceder ao sistema produtivo da empresa. Quando este o consegue, acaba por ser de forma demasiada restrita, o que de certo modo, torna difícil considerá-lo na sua plenitude dado ao fechamento da empresa. Para contrariar este facto, o designer deve procurar cada vez mais melhorar a sua comunicação e interacção com a estrutura produtiva da empresa. Ele deve procurar integra-se na equipa multidisciplinar da empresa, e demonstrar que é capaz de “desenhar” desde a fase projectual, o preço final do produto. Contemplar no projecto, os meios, os métodos, os tempos, as matérias-primas e as dificuldades pertencentes a(s) estrutura(s) que tornam exequíveis o surgimento do produto, são decididamente factores que tendem a valorizar o processo de design, e que devem ser incluídos no mesmo. Cada vez mais, faz todo o sentido que o designer passe a ser um membro pluridisciplinar da equipa da empresa, para que o mesmo possa avaliar e incluir toda a sua estrutura produtiva aquando a projecção de um produto. A empresa, esta, não se deve limitar a solicitar ao designer, modelos a 3D, respectivos renders, entre outros pormenores que em nada a ajudam a pôr em prática a exequibilidade do produto. A mesma deve passar a exigir ao designer, uma maior participação no desenvolvimento do produto, ou seja, quais os meios, métodos e matérias mais adequadas para que o produto surja. A meu ver, é importante que o designer comece a adoptar cada vez mais conhecimentos técnicos, e consequentemente metodologias de trabalho que o tornam mais eficiente em termos de resposta prática e efectiva perante as empresas. O designer precisa de ser mais hábil em termos efectivos perante a empresa, e isso deve ser demonstrado através de um leque abrangente de conhecimentos. O designer cada vez mais tem de ser um pouco de artista, engenheiro, sociólogo, economista, financeiro, técnico de métodos, técnico de qualidade, para elevar a sua eficiência produtiva e o da empresa, o que de certa forma contribuiu para a tornar mais competitiva. Num contexto empresarial como é o nosso, o design industrial articulado a flexibilidade e capacidade das PME nacionais, parece ser uma fórmula ainda muito pouco esgotada mas com um enorme potencial. É certo que o design por si só não irá inverter a situação. No entanto, seria mais do que tempo, conveniente até, que fossem discutidas e definidas novas medidas que incluíssem o design industrial como uma ferramenta válida e sustentável para a revitalização do sector industrial. Para além dos economistas e dos jornalistas, gostaria de ver também, os designers e os industriais a discutirem soluções para o futuro. Pergunto às empresas e respectivas associações representativas do sector industrial nacional, para quando a politização do design no sector industrial português?

Monteiro, Daniel; in http:blogenxame.blogspot.com
Outubro de 2005

Arraial

Alem de toda a loucura que foi o arraial, passou-se algo, que só se pode definir como fantástico.
Alem de tudo e preciso saber que isto é sensualidade, para quem parou no tempo TEMOS PENA!

abc do ipca


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em construçao